O Guarda Chuva que Queria Voar AudioLivro – Aventuras mágicas de um guarda-chuva azul que sonha em voar e encontra na amizade o vento mais forte para seus sonhos.

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O Guarda Chuva que Queria Voar AudioLivro Grátis
Era uma manhã chuvosa na pequena cidade de Ventolândia. Dentro de uma lojinha de esquina chamada Coisas de Chuva, dezenas de guarda-chuvas coloridos descansavam em um enorme cesto de vime. Entre eles, havia um bem especial: Azulinho, um guarda-chuva azul-celeste com desenhos de nuvens brancas.
Enquanto os outros guarda-chuvas cochilavam, Azulinho olhava para a vitrine com um suspiro:
— Ah… como eu queria sair por aí e voar bem alto, como um balão de festa!
Os outros guarda-chuvas riram.
— Voar? — disse Sombrão, um guarda-chuva preto e robusto. — Nós nascemos para proteger as pessoas da chuva, não para voar.
— Mas… e se eu puder fazer os dois? — respondeu Azulinho, com um brilho no tecido.
Os dias passavam, e Azulinho nunca era escolhido. Talvez porque fosse pequeno demais para os adultos e colorido demais para quem queria algo sério. Ele ficava sempre no fundo do cesto, sonhando com o dia em que o vento o levaria para o céu.
O Encontro com Clara
Numa tarde de vento forte e chuva fina, a porta da loja se abriu e entrou Clara, uma menina de cabelos cacheados e olhos curiosos. Ela procurava algo diferente.
— Quero um guarda-chuva que tenha… alma! — disse ela para o vendedor.
O homem sorriu e apontou para Azulinho:
— Talvez este seja perfeito para você. Ele é especial.
Quando Clara segurou Azulinho, algo mágico aconteceu. Ele sentiu como se tivesse encontrado sua dona.
— Uau! Ele é lindo! — exclamou a menina. — Vamos, Azulinho, vamos passear!
Era a primeira vez que alguém dizia seu nome.
O Primeiro Passeio
Ao sair da loja, uma rajada de vento quase arrastou Clara para trás. Azulinho se abriu e, como se tivesse vida própria, segurou firme para proteger a menina.
— Você é forte! — disse Clara.
— E você é corajosa! — respondeu Azulinho, mas só Clara conseguiu ouvir, pois guarda-chuvas só falam com quem acredita em magia.
De repente, veio uma ventania ainda mais forte. Azulinho começou a se erguer, levantando Clara alguns centímetros do chão.
— Olha, estamos voando! — gritou ele.
Clara arregalou os olhos, meio assustada, meio encantada.
— Se vamos voar, que seja com cuidado!
E lá foram eles, pairando sobre as ruas molhadas, passando por cima de jardins, praças e até do campanário da igreja.
O Passeio pelo Céu
Enquanto voavam, Azulinho sentia o vento acariciar seu tecido e o Sol tímido aparecer entre as nuvens.
— Sempre sonhei com isso… — suspirou. — Ver o mundo lá de cima!
Clara ria, apontando para os telhados coloridos.
— Olha lá! Parece um tabuleiro de xadrez gigante!
Mas o vento começou a ficar ainda mais forte, empurrando-os para fora da cidade.
— Azulinho, acho que estamos indo longe demais! — disse Clara, segurando firme no cabo.
Eles passaram por campos verdes, por um lago espelhado e até viram um arco-íris surgindo. Mas logo perceberam que não sabiam como voltar.
O Corvo Conselheiro
Foi então que um corvo preto, voando ao lado deles, gritou:
— Ei, viajantes do vento! Se querem voltar, sigam o arco-íris até a base dele. O vento lá é mais calmo.
— Obrigado, senhor corvo! — disse Azulinho.
— Boa sorte, guarda-chuva sonhador — respondeu o corvo, antes de sumir entre as nuvens.
Clara e Azulinho seguiram o conselho e, aos poucos, o vento foi diminuindo.
O Retorno
Eles pousaram suavemente em um campo de flores próximo à cidade. Clara fechou Azulinho, deu um abraço nele e disse:
— Você realizou o seu sonho de voar, Azulinho. E ainda me deu a melhor aventura da minha vida.
Azulinho sorriu, sentindo que, mais do que voar, havia encontrado algo ainda mais importante: amizade.
Quando voltaram para casa, Clara prometeu:
— Sempre que chover, vamos sair juntos. E se o vento ajudar… podemos voar mais um pouquinho.
Moral da História
Os sonhos são importantes, mas quando encontramos alguém que acredita neles junto com a gente, tudo fica mais mágico. Azulinho queria voar, mas descobriu que o melhor de todos os voos é aquele que se faz acompanhado.